quinta-feira, 11 de julho de 2013

As redes sociais desenvolvem a maior revolução da história da humanidade


As redes sociais desenvolvem a maior revolução da história da humanidade

É importante observar como as coisas mudam de uma hora para hora, com o tempo. Heráclito, filósofo grego antes de Sócrates diz que um homem nunca se banha duas vezes em um mesmo rio, pois, na segunda vez, a água e o homem já não são os mesmos, pois houve metamorfose, mutação, transformação. A água já passou, e o homem sofreu modificações profundas em suas células.  A este respeito, os movimentos sociais no Brasil são sempre dinâmicos, sofrendo com o tempo vários revezes. Pessoas que foram de esquerda, forte, comunistas, como Luiz Carlos Prestes, preso durante dez anos na ditadura de Getúlio, 1935 a 1945, onde sua mulher, Olga Prestes, fora enviada, grávida, por Getúlio, para o campo de concentração nazista, tendo morrido ali, no Holocausto de Hitler. Prestes, logo que saiu da prisão, em 1945, foi apoiar Getúlio Vargas para a presidência da República. Incrível! Os escritores, como Jorge Amado, Graciliano Ramos e outros, mesmo tendo sido presos e deportados para outros países, quando voltaram, já na “democracia”, submeteram ao teste da ultra conservadora e reacionária de direita Academia Brasileira de Letras. Agora, bem recente, Fernando Henrique Cardoso, que foi exilado durante a Ditadura Militar (1964-1985), quando voltou aliou-se justamente aqueles que o mandaram a força para o exterior. Do mesmo modo, José Serra, líder estudantil em 1964, presidente a União dos Estudantes (UNE), preso e exilado, quando voltou, aliou-se a direita ultra conservadora, não conservando nenhum resquício do que fora. E, como não poderia faltar, José Dirceu, José Genoíno, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma.

Lula logo que assumiu, a primeira coisa que fez foi negar as lutas políticas, seu marketeiro, Duda Mendonça, tratou de criar para ele um novo perfil, uma histórai diferente dos tempos de sindicalistas, da época das lutas contra a  Ditadura Militar (1964-1985). No dia de sua posse, no discurso que pronunciou, decorado, elaborado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula se descola da esquerda, muda de lado, imediatamente. Foi o golpe que ele deu nos movimentos sociais. Até hoje ninguém sabe ao certo o que ocorreu, mas ele deve ter recebido muito dinheiro, muita proposta, para desfazer todo o  processo de luta, sindicalismo que a história armada com tanto cuidado e zelo. E o PT, juntamente com Lula, Zé Dirceu e Geonoíno, passaram a descaracterizar o partido, numa atitude clara de quem não mais queria conversa com os antigos companheiros de lutas. Era o final triste de uma bela história.

A partir daí, formou-se uma quadrilha dentro do PT, unicamente com o objetivo de enriquecimento. O primeiro foi o filho do Lula, o tal Lulinha, que comprou ações de uma empresa de telefonia, fez mil uma manobras, com apoio total e irrestrito de Lula, tornando-se um dos maiores acionistas desta empresa. E daí por diante, como a imprensa noticia a todos os instantes, foi o caos total.

Redundando com a total descrença nas  instituições pública do País. Agora, com as manifestações de rua, através das Redes Sociais, a coisa muda totalmente. Deste momento em diante, tudo o que era velho ficou para trás. O Brasil mudou.

Os antigos partidos políticos, todos, sem exceção não exercem mais nenhuma liderança sobre a maior parte da população, basta dizer, que em apenas uma semana de manifestações de rua, a Presidente Dilma caiu de 57% para 28% de popularidade, de apoio ao seu governo. Foi o fim de tudo.

Evidentemente que não se pode negar a grande conquista que as esquerdas conseguiram com o tempo. Lula só chegou ao poder em 2002, porque teve apoio irrestrito de toda a esquerda, a luta socialista que se arrastava através do tempo. No entanto, como o PT traiu o movimento, as coisa envelheceu, caducou. A esfera que produziu todo o discurso do PT, a esquerda, ficou por fora de todo o processo, secou.

Mas, como disse Eric Hobsbaw, quando a água voltar ao nível normal, as lutas socialistas voltam, de outra forma, como nova conotação, não se sabe como, nem de que jeito.

Os movimentos das Redes Sociais surgem justamente dentro da revolução da tecnologia, da informática. Quer dizer, como diz Marx (1981), em o Manifesto Comunista, a burguesia fabricará a sua própria arma de destruição, o proletariado. Mas hoje o proletariado está de outra forma, ele está no aposentado, no idoso, no desempregado, na mulher, na exploração da mulher, no trabalho escravo, no tráfico de mulheres e de crianças, dentro dos ônibus superlotados, nas filas dos hospitais públicos em todo o País, com um mínimo de atendimento humano e outros. O proletariado com uma nova roupagem está nas redes sociais.

Mas um manifestante que, sem nenhuma teoria revolucionária, atuando de mil e uma maneira, conscientiza-se, faz desaparecer a concepção de esquerda e de direita, conceitos agora jogados na lata do lixo. A luta agora é por direitos humanos e sociais, direitos à vida. Não importando agora concepções ultrapassadas, termos como reacionário, socialista, esquerda, direita, revolucionário, assumem novas posições.

Hoje ninguém pode mais definir isso, pois a velocidade da comunicação das redes sociais aproximam pessoas dos mais esquisitos cantos do mundo. É a interatividade a todo vapor, novas formas de conhecimento, novo modo de pensar, raciocinar, conhecimento, descoberta, um mundo de coisas. E esse negócio foi à rua.

Manifestou-se, gritou, não quis partido junto, não admitia liderança. Enfim, um  novo modus vivendi. O mundo está vivendo a maior revolução da história da humanidade, mesmo sem perceber, a sociedade muda, conhece-se, interage, pensa, não admite interferência, decide. São as redes sociais a mola propulsora de tudo isso

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